sexta-feira, março 31, 2006

Comentário de 31-03-06

A BOVESPA continuou muito volátil nesta sexta feira. A indicação do novo ministro ainda causa nervosismo ao mercado não pelo que pode ser feito agora mas, principalmente, se ele continuará caso Lula se reeleja. Apesar do Dow Jones ter fechado na mínima da semana a bolsa brasileira terminou com uma pequena alta que não foi suficiente para romper a resistência em 38.000 pontos. Houve um pequeno sinal de alta no gráfico diário e no semanal. Permanece a lateralidade entre os pontos 36.000 e 39.300. Na próxima semana teremos um cenário político turbulento o que pode atrapalhar uma recuperação.
Vale lembrar que o DOW JONES está preparando uma subida caso os juros não subam muito por lá.
Sucesso

OBS: nos gráficos abaixo o primeiro é diário e o segundo é semanal. Vale para os dois mercados.

Gráficos do IBOVESPA


Gráficos do Dow Jones


quinta-feira, março 30, 2006

BOVESPA ganha fôlego



A BOVESPA teve hoje mais um dia nervoso. Abriu em alta e às 12:15h já atingia uma alta de 1,59% chegando a 38.088 pontos batendo na resistência do dia. A partir daí, recuou chegando a ficar ligeiramente negativa. Retomou a alta fechando com +0,76% em 37.776 pontos. O movimento retrocedeu pois os mercados americanos recuaram e fecharam em baixa. O Dow Jones deve subir em breve pois está com uma divergência de alta. O IBOVESPA se romper 38.000 pontos irá testar logo em seguida nova resistência em 38.600 pontos onde fará uma divergência de baixa. Acredito que não será desta vez que os 39.350 pontos serão rompidos. Os movimentos de alta e de baixa ainda são de curto prazo pois o mercado é lateral neste momento.
Sucesso

Mantega pode ser melhor

no mínimo | José Paulo Kupfer
O quê será, que será?

Mercado sob a incerteza

JB Online - O primeiro jornal brasileiro na internet
Mantega pode estar derretendo

Não mudará. Já mudou.

Carlos Alberto Sardenberg - Jornal O Globo
Problemas para mantega

quarta-feira, março 29, 2006

Mercado respira



A BVSP ajudada pelos mercados americanos, deu uma respirada, subindo 2,21% e fechando na máxima do dia, que pode ser a visita da saúde. Não chegou a testar o suporte em 36.000 pontos pois estava sobrevendida neste momento. Irá testar duas resistências no curto prazo: 38.000 e 38.500 pontos mas não tem força para romper os 39.300 pontos que é um topo muito forte. Deve fazer um pull back no triângulo rompido.
Persistem as dúvidas do mercado em relação à gestão Mantega até porque ficou claro que Meirelles não é mais seu subordinado, ou seja, os juros não vão cair de forma mais intensa. Vejamos como vai ser a equipe que Mantega irá montar.
O Dow Jones deverá ter uma reação positiva, mas lá também existem incertezas na economia americana, principalmente por causa do novo presidente do FED, Ben Bernake. Por enquanto continuem a tomar água de côco que tem potássio e dá energia para acompanhar esse mercado lateral. Sucesso.

O mercado cobra seu preço

Primeira Leitura : O mercado cobra seu preço

O que esperam os meninos

Primeira Leitura : entenda : O que esperam os meninos
Mantega versus Meirelles do BC

Bolsa abre forte

A BOVESPA abriu com +0,69% de alta. Pode ser a confirmação do Meirelles no BC. Muito forte para uma abertura. Vamos ver se aguenta ao longo do dia. Caso suba dará um sinal de compra de curto prazo já que no médio prazo indica venda.

Mercado ainda nervoso com Mantega



O mercado de ações no Brasil oscilou muito durante a terça feira. Inicialmente abriu em baixa e cedeu; depois com a abertura dos mercados americanos, melhorou e chegou a ficar positivo. Na parte da tarde os mercados americanos cederam bastante o que fez o IBOVESPA cair, fechando em 36.682 pontos com 2,55% de perda. O mercado está nervoso com as primeiras declarações de Mantega. Houve até um boato de que o presidente do Banco Central fosse deixar a presidência do Banco o que foi desmentido mais tarde. Dois importantes executores da política econômica vão deixar o governo: Murilo Portugal, segundo homem na hierarquia do Ministério da Fazenda e Joaquim Levy que vai para o BID ocupar uma vice presidência. Também Marcos Lisboa, deixou o IRB. Mantega terá que montar uma equipe confiável para tranqüilizar o mercado.
Graficamente o IBOVESPA rompeu um triângulo simétrico o que projeta uma queda até 32.385 pontos. Terá que superar, entretanto um suporte em torno de 36.000 pontos. Acredito que vai bater neste nível e repicar pois está em uma faixa de sobrevendido. O momento é de cautela, mas se perder o suporte o negócio é vender e aguardar uma virada. Por hora está fora de cogitação compra de ações. Olho vivo e sucesso.

Coluna de Míriam Leitão em O Globo

Panorama Econômico - Jornal O Globo
O dia seguinte ou como será o amanhã

terça-feira, março 28, 2006

segunda-feira, março 27, 2006

Será que o Mantega vai amolecer com o calor?


A saída do médico não estremeceu tanto o mercado. O problema é que Mr. Hyde continua na presidência. Vamos ver se o Mantega é mole ou se vai endurecer com o BC. No gráfico podemos ver que o índice rompeu um triângulo que projeta uma queda até 33.000 pontos; antes terá que furar o suporte em 36.000. É melhor ir para a praia e esperar o que o Mantega vai dizer. O Dow Jones segue em ritmo de queda.

domingo, março 26, 2006

O Brasil descobre a Bolsa - Portal EXAME - Negócios Economia Marketing Finanças Carreira Tecnologia

O Brasil descobre a Bolsa - Portal EXAME - Negócios Economia Marketing Finanças Carreira Tecnologia

hora da verdade



O mercado de ações terminou a semana com um jeito de baixa. Tanto O IBOVESPA está vendido no diário e no semanal quanto o Dow Jones mostra sinais de fraqueza.
O IBOVESPA está amarrado em um triângulo (vejam o gráfico) que será rompido na segunda feira, provavelmente para baixo. A saída do médico é certa. Mercadante deverá ser o ministro da "hacienda". Nildo será convidado a fazer propaganda do operário nas próximas eleições. Olho vivo. A hora pode ser do pesadelo.

quinta-feira, março 23, 2006

BOVESPA ainda gripada

Bem que eu avisei que a hora era de venda. Quem acreditou e vendeu me deve uma lembrança.
Vejam no gráfico acima que ocorreram vários sinais de venda. O mercado vai testar os 36.000 pontos em breve. Se o médico sair da fazenda, talvez a crise acabe e Cabral possa cuidar da reeleição. O problema é que não há lugar nas cadeias. Aí como ficam os traidores do chefe?

O que parecia sólido se desmancha na bolsa

A despeito de toda a expectativa em torno da escolha do candidato tucano à Presidência e do desfecho pró-mercado, o clima azedou esta semana entre os investidores. A possibilidade de Antonio Palocci deixar a Fazenda, para usar uma expressão corrente entre os analistas, já estava “precificada”, e o estrago provocado pela criminosa quebra de sigilo do caseiro Francenildo só reforçou as apostas nessa direção. O que não estava na contabilidade era o discurso hermético do novo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke. Verdadeiro arauto da volatilidade.

Em seu terceiro pronunciamento em público, o chefão do Fed, banco central dos Estados Unidos, abusou dos jargões acadêmicos e deixou especialistas sem entender muito bem o que ele estava querendo dizer. A maioria achou que era um sinal de novas altas de juros, além das já esperadas. O dólar subiu (lá), o prêmio dos títulos do Tesouro disparou e economistas passaram a vasculhar com lupa os dados sobre inflação. Nos países emergentes, Brasil à frente, os estrangeiros reviram seus portifólios e parte dos recursos acabou sendo repatriada para os EUA, diante da perspectiva de maiores ganhos com ativos de risco (praticamente) zero. Resultado: a Bovespa caiu forte e o dólar (aqui) teve alta, depois de flertar com o patamar de R$ 2,10.

Bernanke sempre foi um defensor da transparência na condução da política monetária, mas tem sido incapaz de transmitir qualquer clareza. Seu discurso sobre a “curva dos juros” só serviu para confundir os mercados, que se ressentem das decisões “telegrafadas” pelo ex-presidente do Fed Alan Greenspan. A fatura desta turbulência semântica vai ser paga, como sempre, pelos emergentes – por mais que os famosos “fundamentos” brasileiros estejam mais sólidos.

Do Informe Econômico do JB

quarta-feira, março 22, 2006

Gráficos do IBOVESPA


Bolsa ainda fraca


O mercado de ações no Brasil encontra-se em um movimento lateral secundário, espremido entre 36.000 e 39.450 pontos do IBOVESPA. Os gráficos diários estão com sinais de vendidos e os semanais também. A crise política está atingindo a economia pois agora temos um médico na UTI. Compras só no curto prazo e com stop recomendado.

terça-feira, março 21, 2006

IBOVESPA hoje

Deu dor de barriga nos mercados.


Bom o piloto sumiu há muito tempo. O co-piloto está enrolado por que namorou umas meninas alegres (e um simples caseiro viu tudo). O que vem por aí? Não quero ser pessimista, apenas analiso os gráficos e informo o que vejo. E é o seguinte:
1- Gráfico semanal vendido;
2- Gráfico diário vendido;
3- Dow Jones deu venda com sinal forte na terça.
Suporte do IBOVESPA em 36.000 pontos.
Projeções: 34.700 e 33.000 pontos.
Os juros devem aumentar nos States. Por aqui o médico deve ser demitido. Quem assume no lugar dele?
O negócio é vender e ficar olhando. Quando sinalizar compra eu aviso. Vejam o gráfico do IBOVESPA.
Sucesso e cabeça fria.

segunda-feira, março 20, 2006

Bolsa à deriva




A BOVESPA teve uma semana irregular. Começou a cair a partir de quarta feira, descolando dos mercados americanos, que subiram a semana toda. Os motivos foram a crise política que voltou a cena com Pallocci no meio do palco e o vencimento das opções para esta segunda feira.
O Dow Jones já está atingindo níveis de exaustão no curto prazo;
A BOVESPA deu sinais de venda no médio prazo (gráfico semanal);
O IBOVESPA tem espaço para subir mas se o Dow Jones cair, ele não se recupera para testar o topo em 39.450 pontos.
Pelos motivos acima creio que o momento é de ficar olhando para ver se o cenário melhora ou piora de vez.
Vejam diversos gráficos de diversos mercados.

sexta-feira, março 17, 2006

Farra dos emergentes mais perto do fim

Do Informe Econômico do JB de hoje
Os países emergentes que se cuidem. Gestores de grandes fundos de investimentos ouvidos pela Merrill Lynch acreditam, cada vez mais, que os mercados de ações estão no preço certo. Em fevereiro, eram 60%. Em março, a parcela subiu para 65%. De acordo com a pesquisa, também saltou de 14% para 20% o total dos que acreditam que os ativos da periferia estão sobrevalorizados, enquanto recuou de 31% para 25% a fatia dos que consideram estes papéis abaixo do valor merecido.

A atratividade das nações mais ricas cresceu substancialmente. Apesar dos desequilíbrios nas contas públicas, os Estados Unidos são os queridinhos da vez, seguidos pelo Japão, que começa, enfim, a superar a estagnação econômica. Para os investidores, ainda segundo o levantamento, o mundo está em ritmo acelerado, dando passos maiores do que as pernas. Daí a expectativa de que os juros subam ainda mais nos países desenvolvidos nos próximos meses. Mau presságio para os emergentes - incluindo o Brasil.

quinta-feira, março 16, 2006

Mercado sobe com cautela


Ao contrário da semana passada quando o pavor tomou conta da Bolsa, agora os sorrisos começam a voltar. A BOVESPA subiu, puxada pelo Dow Jones que rompeu topo e caminha para subir mais um pouso.
A primeira resistência em 38.000 pontos foi ultrapassada; resta o teste ao redor de 39.000 pontos. O índice deu compra ontem. Vamos ver a hora da venda. Amanhã último dia para as inscrições no curso "Mercado de Ações sem Segredo" em São Paulo que será realizado no dia 25 de março, sábado.
Sucesso.

quarta-feira, março 15, 2006

O que esperar de um governo Alckmin?

Que ninguém se engane com o apelido de ''picolé de chuchu'', incorporado de forma quase humorística. O candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, sabe o que quer e fala grosso quando é o caso. E apresentou seu cartão de visitas ao emparedar seu oponente na disputa interna do PSDB, o prefeito de São Paulo, José Serra.

Sexta-feira, quando se reuniu com o trio dirigente do tucanato (o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do partido, Tasso Jereissati, e o governador mineiro, Aécio Neves), Alckmin deixou claro que não abria mão da indicação e atropelou sumariamente Serra, que hesitava entre o desgaste de abandonar a prefeitura paulistana - depois de ter prometido, em cartório, não fazê-lo - e o risco de ver seu espaço político restringido pela ascensão de novos nomes do partido, ao permanecer como síndico do município.

Contra Serra, pesava ainda o fato de que seu nome estava na disputa desde a eleição anterior, mas as intenções de voto, depois de atingir o ápice, vinham declinando. Seu teto era conhecido. O de Alckmin, por sua vez, é uma incógnita.

O que esperar de Alckmin no front econômico? Há incertezas, até porque o candidato não tem raízes no ramo. Mas a carta de intenções parece clara. Seu principal interlocutor para o tema é Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES na gestão FH, demitido na época do escândalo da privatização da telefonia. Mendonção, como é mais conhecido, torce o nariz para a turma da PUC-RJ, de onde saíram de Pedro Malan a Arminio Fraga.

A prioridade de seu possível programa econômico está nas reformas de caráter micro: ampliação da alienação fiduciária, para dar mais garantias às empresas em caso de inadimplência (leia-se retomada rápida de bens, inclusive a casa própria), simplificação da legislação tributária e reforma trabalhista. Tudo emoldurado pelos discursos da contenção de gastos públicos e, paradoxalmente, do foco no crescimento.

Até outubro, muito água vai rolar por debaixo da ponte. De qualquer forma, uma coisa é líquida e certa: o presidente que conseguir solucionar a equação com as variáveis o ''cinto apertado'' e ''expansão econômica'' tem tudo para ser considerado o estadista do século.

Do Informe Econômico do JB

terça-feira, março 14, 2006

CURSO EM SÂO PAULO


DIA 25 DE MARÇO CURSO EM SÃO PAULO
"MERCADO DE AÇÕES SEM SEGREDO".

AS INSCRIÇÕES SE ENCERRAM NO DIA 17 DE MARÇO.

AINDA HÁ VAGAS. NÃO VACILE. PARE DE PERDER DINHEIRO NA BOLSA.

INFORMAÇÕES: hsantos10@hotmail.com

Mercado quer subir






Nos gráficos deste quadro podemos observar dois aspectos distintos:
- No curto prazo, a BOVESPA se prepara para subir, pois o Estocástico está em uma faixa de sobrevendido;
- O Dow Jones também deverá subir um pouco pois tem espaço para isso; nada de excepcional;
- No gráfico semanal, que indica movimentos de médio prazo, o mercado deu sinais de venda; rompeu uma linha de suporte de longo prazo e deve fazer um pull back nas próximas semanas. Também deu um sinal forte de reversão.
O quê fazer? Se conhecer as ferramentas, poderá operar comprando no curto prazo com um stop de 3%. Se operar no médio prazo, só comprar se romper o topo de 39.250 pontos. Vejam os gráficos.

sábado, março 11, 2006

Mercado parou de tossir

Depois de quatro dias de queda, assustando os novatos ou os que operam na base do achismo, a BOVESPA se recuperou hoje (sexta feira) e deve ir buscar 37.500 pontos inicialmente.
Esta volta se deveu aos mercados americanos, já que o DOW JONES estava sobre vendido em 20%. Vai subir até uns 11.300 pontos, nada que indique uma forte tendência de alta.
No médio prazo o IBOVESPA está com uma cara ruim. Deu venda no Estocástico, e no MACD e fez uma figura de reversão clássica. A hora é de observação para ver se na semana que vem teremos um mercado mais firme. Por enquanto Wall Street está com o pé atrás em relação a Ben Bernake novo presidente do Banco Central de lá. Aqui vamos rezando para Meirelles trocar os óculos e enxergar a economia real ao invés de ficar beneficiando os Bancos. Vejam o gráfico semanal do BOVESPA.
Dia 18 se encerram as inscrições para o curso de como ter sucesso no Mercado de Ações. Chega de perder dinheiro operando de forma amadora. Aprenda a operar como os profissionais. Peça programa detalhado. Informações: hsantos10@hotmasil.com

IBOVESPA - Gráfico Ponto&Figura

Gráfico diário do IBOVESPA - Barras

Gráfico semanal do IBOVESPA

Neste gráfico podemos ver sinais de venda para o médio prazo; sinal no Estocástico e chave de reversão no gráfico de Barras.

quinta-feira, março 09, 2006

Mercado desbundou


Gente! que coisa horrorosa. O mercado deu uma desabada que eu pensei que a Bolsa ia fechar as portas pra não abrir nunca mais por falta de investidores. O mercado vive do medo e da ambição dos traders. Hoje foi o dia do pânico mas melhorando dentro do mercado. Depois de cair 2,5% atingindo o valor de 36.482 pontos o mercado reagiu e fechou com -0,45% de queda em 37.253 pontos. Deve dar uma respirada até uns 37.500 p0ontos para depois dizer qual seu novo caminho; se volta a cair ou se reage e firma. Amanhã poderemos ter algum indício. A questão é que o mercado vive de informações que dão sinais para onde vai caminhar. É preciso aprender a ler estes sinais. Por isso estarei em SP dia 25 de março ensinado os segredos a uma nova turma de vencedores. Apareça por lá. Inscrições e informações em hsantos10@hotmail.com. Sucesso. Amanhã tem mais (ainda bem).

terça-feira, março 07, 2006

BOVESPA em pãnico

Em apenas cinco minutos a BOVESPA já caiui 1% atingindo o nível de 37.959 pontos.
A coisa tá feia.
A BOVESPA ontem, 06-03, fez um figura de reversão que poderá desarmar a alta. Pontos de venda estão assinalados nos gráficos.
Pontos importantes:
Resistência: 39.250 pontos;
Suporte: 37.750 pontos;
Retração de 50% : 37.600 pontos.
Olho vivo.

sábado, março 04, 2006

Menos gente e mais tecnologia

Bolsa de Nova York une-se a mercado eletrônico e mira nos negócios virtuais.
É o fim do viva-voz?

Será como um recomeço para a Bolsa de Nova York. Aos 213 anos. Nesta quarta-feira, 8 de março, o maior mercado de ações do mundo passa a operar em conjunto com o pregão eletrônico Archipelago, resultado de uma fusão de US$ 9 bilhões, que se arrastou por quase um ano até ser fechada no último dia de fevereiro. Em jogo, está a modernização da tradicional bolsa de Wall Street, que – por ter se limitado ao sistema de viva-voz em plena era da internet –vinha perdendo terreno e prestígio para rivais eletrônicas como a Nasdaq. O projeto de renovação transforma o pregão nova-iorquino em uma empresa de capital aberto, que passa a se chamar New York Stock Exchange Group e terá ações negociadas na própria bolsa. “A fusão marca o início de uma nova era para a New York Stock Exchance (NYSE)”, declarou o presidente da bolsa, John Thain. “Como uma empresa de capital aberto, estaremos melhor posicionados para crescer, criar valor e competir globalmente.” Thain não desconversa quando o assunto são aquisições. “Vamos usar a nova musculatura para sair às compras, dentro ou fora dos Estados Unidos.” O mercado já faz sua aposta sobre o primeiro alvo: Bolsa de Londres.

O efeito prático da fusão será sentido já na quarta-feira, quando as ações das 2.767 companhias listadas na NYSE começarão a ser negociadas eletronicamente. O ganho de agilidade será notável. Enquanto uma ordem (de compra ou venda) feita por meio de uma plataforma eletrônica como a do Archipelago demora menos de um segundo para ser executada, um operador de pregão precisa de pelo menos 12 segundos para concretizá-la – tempo suficiente para se ganhar ou perder milhões em um mercado globalizado, que opera contra o relógio. Além disso, a bolsa poderá funcionar durante as 24 horas do dia. E terá capacidade para oferecer outros serviços, como negociação de opções e derivativos. Na visão de Thain, a nova Bolsa de Nova York será uma espécie de loja de conveniência, onde investidores poderão comprar ações do mundo todo, futuros, fundos e bônus. Desse modo, desafiará até a Bolsa de Mercadorias de Chicago.

Publicado na Isto É Dinheiro de 04-03

Fim da linha para os operadores de pregão? Ex-presidente e diretor de tecnologia do Goldman Sachs, Thain criou um sistema híbrido para a bolsa. Investidores que quiserem suas ações negociadas por profissionais, calculando que eles conseguirão melhores preços, poderão empregá-los normalmente. E aqueles que valorizam a velocidade poderão teclar ordens para os supercomputadores do Archipelago. A comunidade dos operadores sustenta que seus negócios vão melhorar com o esperado aumento do volume de transações. Muitos observadores, porém, acreditam que o chamado pregão viva-voz vai se tornar obsoleto e desaparecer. Foi assim no Brasil. Na Bovespa, o sistema eletrônico existe desde 1990, mas só em dezembro último passou a ser a única opção. “A mudança não vai ser imediata, mas a migração vai acontecer”, aposta Rodrigo Donato, gestor sênior da Mellon Global Investment.

O que esta bolsa tem

2.317 empresas americanas com ações listadas

450 companhias de outros 47 países

1,6 bilhão de papéis negociados diariamente

49% de participação de mercado

US$ 40,8 milhões de lucro em 2005

quarta-feira, março 01, 2006

Ações reagem à falta de surpresas

No Informe Econômico do JB de hoje
Os investidores da Bolsa de Valores apresentaram uma reação diferente à divulgação de resultados recordes neste recém-encerrado mês de fevereiro. Em algumas empresas, o anúncio de lucros elevados não foi seguido de uma valorização de suas ações no pregão, diferentemente do que ocorria em anos anteriores. É o que aconteceu, por exemplo, com Bradesco, Itaú e América Latina Logística (ALL). No dia em que anunciou lucro de R$ 5,5 bilhões obtido em 2005 - 80% superior ao de 2004 - o Bradesco viu o preço dos papéis caírem 2%, contra alta de quase 4% no dia anterior. No caso do Itaú, o resultado de R$ 5,2 bilhões - 37% maior que o verificado no período anterior - foi recebido com queda da ordem de 1,7% na cotação das ações. Já a ALL, que elevou em 90% seus ganhos, para R$ 170 milhões, registrou baixa de 1,6% na cotação de seus papéis, após divulgar seu balanço. O movimento contribuiu para a forte oscilação dos negócios na Bolsa no mês passado, junto com a tendência de realização de lucros liderada pelos estrangeiros. Para Gustavo Barbeito, analista da Prosper Corretora, porém, o fenômeno indica uma maturidade crescente do mercado acionário brasileiro.

- Atualmente, existem muitos analistas e instituições acompanhando o mercado brasileiro. A quantidade de informações disponíveis sobre o desempenho das empresas e as perspectivas para seus mercados cresceu de forma brutal. Assim, dificilmente um resultado, por maior que seja, tem surpreendido. Nos dias que antecedem a divulgação de balanço por alguma empresa, os investidores mais informados têm adquirido esses papéis na expectativa de alguma surpresa; quando essa surpresa não se confirma e os ganhos vêm dentro do esperado, eles optam por se desfazer dos papéis.

Segundo Barbeito, esse é um comportamento típico de mercados mais desenvolvidos, como o americano.

- É mais um sinal de que osso mercado está se profissionalizando cada vez mais, assim como o elevado número de companhias abrindo capital e a maior participação de pessoas físicas e investidores estrangeiros nos negócios. Tal movimento tende a se tornar ainda mais comum nos próximos anos.