Análises gráficas do mercado financeiro podem ser eficientes em determinados casos, mas inspiram menos confiança do que muitos horóscopos. Mesmo assim, custa nada conferir as projeções dos analistas que tentam mapear tendências na bolsa. E os profetas de plantão vêem margem para correção nos preços de ativos ao longo das próximas semanas, visto que a curva real dos índices está acima das projetadas.
O tombo da Bovespa, ontem, pode ser o início desse processo, embora a forte participação de pessoas físicas e a crescente presença estrangeira sirvam de colchão para amortecer quedas. Mas o rali é internacional, amplificado pelo excesso de liquidez, e seu fim pode (e deve) ter a mesma origem. Michael Hartnett, estrategista de renda variável da Merrill Lynch para mercados emergentes, acredita que há dez motivos para uma queda de 10% ainda este mês (confira a lista abaixo). E cita Brasil, Rússia, Turquia, Egito e Paquistão como os mais vulneráveis.
Os investidores andam tão intrépidos, aponta Hartnett, que os títulos da dívida do Iraque (!) com vencimento em 20 anos tiveram spread reduzido em 0,5 ponto percentual em apenas uma semana, nivelando-se aos papéis de empresas como a combalida General Motors. É o samba do marine doido.
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