A expectativa de analistas é que o saldo de investimentos estrangeiros na bolsa, que até 26 de janeiro acumulava R$ 1,78 bilhão, siga em trajetória de crescimento, puxado principalmente pela queda do risco país - que segue no piso histórico -, além do fluxo de recursos no mercado internacional e dos preços ainda baixos das ações de empresas brasileiras, quando comparadas às concorrentes em outras bolsas do mundo.
- Os estrangeiros estão aproveitando um momento especial da economia brasileira. A incerteza hoje é muito baixa e o retorno é bem razoável - diz Marco Melo, chefe da área de research da corretora Ágora Sênior.
A forte presença externa no pregão também se reflete nos altos volumes diários negociados. No mês passado, até o dia 30, a média por pregão estava em R$ 2,16 bilhões, quase o dobro dos R$ 1,25 bilhão de janeiro do ano passado. Só na comparação com dezembro de 2005, o volume médio diário cresceu 21,3%. Para se ter uma idéia do crescimento dos negócios, ontem foram negociados R$ 3,058 bilhões na Bovespa.
Melo afirma que, apesar dos seguidos recordes ainda há espaço para uma valorização de cerca de 25% no Ibovespa.
- Caso o cenário externo se mantenha positivo, a bolsa pode atingir 48 mil pontos este ano - afirma.
Projeção ainda mais otimista tem Eduardo Ribeiro, gerente de operações da Fator Corretora. Para ele, a valorização do Ibovespa pode atingir 30%, para cerca de 50 mil pontos. O otimismo é fruto do apetite demonstrado pelos investidores estrangeiros.
- O fluxo estrangeiro e a queda dos juros devem garantir um bom ano para a bolsa. A única questão é como fica lá fora, principalmente em relação à alta de juros nos Estados Unidos - pondera.
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