A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou a tendência de baixa vinda dos mercados europeus e americanos e terminou em queda as negociações desta segunda-feira (6).
O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve baixa de 0,5%, aos 44.167 pontos. Durante a sessão, o indicador chegou a cair mais de 2%, mas recuperou parte das perdas no final do dia.
Os principais mercados mundiais recuaram nesta segunda com temores sobre os bancos, após o investidor George Soros declarar em uma entrevista que o setor financeiro está "basicamente falido". Soros disse que a recapitalização dos bancos tomou a forma errada e as autoridades não estão sendo bem-sucedidas em estimulá-los de uma maneira que permita que eles mantenham o repasse de crédito.
Como resultado, a bolsa de Nova York operou no vermelho durante todo o pregão. Por volta das 17h, o índice Dow Jones recuava 0,61%.
Na Europa, os principais índices de ações europeus fecharam em queda. O índice FTSEurofirst 300, principal referência dos mercados acionários europeus, fechou em queda de 1,01%, a 763 pontos. O indicador já subiu 18%desde a mínima história atingida em 9 de março.
Mercado brasileiro
No Brasil, depois de ganhos expressivos na semana passada, os investidores também aproveitaram os preços mais altos para vender ações, a chamada realização de lucro.
"Uma hora deveria haver essa realização... esse trabalho sincronizado das autoridades monetárias ajuda na confiança uma vez que o trabalho em conjunto pode ajudar a conter a crise", afirmou Roberto Alem, economista da M2 Investimentos. "Mas as coisas não vão mudar da noite para o dia, o nervosismo continua."
Além disso, nesta segunda, o relatório Focus do Banco Central mostrou que o mercado financeiro voltou a baixar, na última semana, a previsão de crescimento econômico da economia brasileira e passou a estimar um Produto Interno Bruto (PIB) em retração para este ano.
Na semana retrasada, a previsão já havia recuado de 0,01% de crescimento para zero de expansão e, na última semana, resultado que foi divulgado nesta segunda-feira (6), os analistas passaram a prever uma retração do PIB de 0,19%.
(Com informações de Reuters e Valor Online)
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