quinta-feira, março 19, 2009

Bolsas dos EUA caem com temores sobre ações do Fed

As bolsas de valores dos Estados Unidos encerraram o pregão desta quinta-feira (17) em queda, com preocupações de que os últimos esforços do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para conter a recessão norte-americana sejam muito caros e ainda pouco testados, estimulando investidores a realizar lucros com ações de bancos depois de uma recente alta.
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, fechou em baixa de 1,15%, a 7.400 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq perdeu 0,52%, para 1.483 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,30%, a 784 pontos.

Insegurança
Os investidores mostraram-se inseguros com as implicações da ação do Fed para injetar mais US$ 1 trilhão de dólares no sistema financeiro e um plano para expandir seu programa de empréstimo para pequenas empresas e para o consumidor, temendo que as medidas poderiam incitar inflação no longo prazo.
As ações de financeiras derrubaram o índice S&P, incluindo as do JPMorgan, que caíram 8%, à medida que alguns investidores optaram por embolsar parte dos lucros recentes. O índice de bancos KBW, após exibir alta de 11% na véspera, caiu 9,1% no pregão desta quinta-feira.
"Eles são capazes de obter sucesso? É muito agressivo em termos de alavancar o balanço?" perguntou David Katz, vice-presidente de investimentos da Matrix Asset Advisors, em Nova York.
Os papéis da empresa de manufatura 3M estiveram entre as maiores quedas do índice Dow Jones, perdendo 3,5%, depois que a corretora Bernstein cortou o preço-alvo para as ações da empresa, afirmando que a companhia provavelmente deverá ter este ano sua pior taxa de crescimento em quase 40 anos.

Bovespa tem alta de 0,7%
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou seu terceiro pregão seguido de alta nesta quinta-feira (19), acompanhando a elevação registrada no preço do petróleo. O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, terminou as negociações com elevação de 0,78%, aos 40.453 pontos. O giro financeiro ficou na casa de R$ 4,7 bilhões.
Os ganhos no índice brasileiro foram ajudados pela alta do petróleo, cujo barril superou o patamar de US$ 50 nas negociações nos EUA. O preço da commodity puxou para cima a "blue chip" Petrobras, cujas ações ON terminaram com alta de 4,14%, para R$ 36,45.

Mercado externo
No exterior, as bolsas operam sem direção definida. Em Wall Street, o dia é de baixa, apesar da reunião do Federal Reserve (Fed), banco central americano, que surpreendeu positivamente, ontem ao ampliar as medidas de estímulo ao crédito e à liquidez. Por volta das 17h15h, o índice Dow Jones, referência para Nova York tinha queda de 1,15%.
Segundo o sócio da MH Investimentos, Marcelo Chakmati, o cenário melhorou nas últimas semanas e não dá para ignorar que as medidas de injeção de liquidez começam a apresentar algum efeito.
Além disso, lembra Chakmati, já começam a aparecer alguns indicadores econômicos positivos tanto nos Estados Unidos quanto na China, e os bancos americanos dão sinal de vida, anunciando lucro neste começo de ano. "O mercado está mais leve".

Europa
Já na Europa, as bolsas de valores da Europa terminaram em alta nesta quinta-feira, conduzidas por bancos e commodities. Mas os ganhos foram limitados por preocupações dos investidores sobre as implicações do plano dos Estados Unidos de injetar mais de US$ 1 trilhão na economia.
O índice FTSEurofirst 300, referência das principais ações europeias, avançou 0,61%, para 715 pontos, patamar distante da máxima de 730 pontos verificada mais cedo na sessão.
(Com informações da Reuters e Valor OnLine)

2 comentários:

Anônimo disse...

Professor,
Acompanho o blog diariamente,venho observando que o senhor ultimamente pouco fala sobre vale somente de petrobras.O que aconteceu?Por favor escreva sobre ela tb pois os seus comen tários são muito importantes.
Muito Obigada
Andréa

Unknown disse...

Vou fazer Andréa.