Em pregão volátil, Bovespa fecha com queda de 0,9%

Em um pregão marcado pela oscilação, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou as negociações desta sexta-feira (20) em queda, acompanhando a tendência de baixa vinda de Wall Street. O Ibovespa - principal indicador do mercado brasileiro - fechou com desvalorização de 0,93%, aos 40.076 pontos. Na semana, o mercado acumulou ganho de 2,4%.
No início das negociações, a Bovespa chegou a subir mais de 1%, com a ausência de indicadores econômicos de relevo no Brasil e nos EUA. No entanto, as bolsas de Nova York passaram a operar em baixa, influenciando o movimento da Bovespa.
A queda veio com a informação que o Congresso dos EUA previu que o déficit orçamentário para o período fiscal de 2008/2009 deverá alcançar o recorde de US$ 1,84 trilhão. Em sua estimativa anterior de janeiro, a Comissão de Orçamento do Congresso (COC) havia estimado o déficit em US$ 1,2 trilhão.
Ao final dos negócios, a Bolsa de Nova York fechou em queda: o Dow Jones caiu 1,65%, e o Nasdaq, 1,77%. O índice ampliado Standard & Poor's 500, por sua vez, cedeu 1,98%.
Analisando o comportamento positivo das bolsas aqui e lá fora na semana, o assessor de investimentos da Corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro. afirma que foi apenas um ajuste apoiado em um cenário menos pessimista nos Estados Unidos, mas que ainda é cedo para falar em retomada. "Tem que esperar um pouco. Ainda tem sujeira embaixo do tapete. Ninguém sabe das perdas que restam com o crédito subprime".

Europa em alta
Na Europa, as bolsas de valores encerraram o pregão em alta. A Bayer avançou após ter recebido sinal verde para desenvolver uma nova droga, enquanto as ações de fabricantes de equipamentos de telecomunicações caíram pressionadas por projeção pessimista divulgada pela Sony Ericsson.
O índice FTSEurofirst 300, referência das principais bolsas europeias, avançou 0,3%, para 717 pontos, tendo variado entre 704 e 719 pontos durante o pregão.

(Com informações de Reuters e Valor Online)