quinta-feira, março 12, 2009

PETRÓLEO SOBE 11%

Os preços do petróleo saltaram 11% nesta quinta-feira (12) em Nova York, com o barril recuperando as perdas da última sessão, devido à expectativa dos investidores sobre uma possível redução da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do tipo WTI para entrega em abril ganhou US$ 4,70, cotado a US$ 47,03, aumento de 11,1%. Esse foi o maior ganho percentual em um único dia desde 19 de fevereiro, quando os preços subiram 14,04%.
Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento avançou US$ 3,69, negociado a US$ 45,09 no fechamento, elevação de 8,91%.
O WTI "recuperou todas as perdas" de quarta-feira, "e até mais", destacou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Na sessão anterior, o barril havia recuado US$ 3,38, depois do anúncio de um aumento dos estoques americanos de cru e produtos destilados (diesel e combustível para calefação).

Queda na produção
O mercado continuou dominado pela aproximação da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no próximo domingo, cujo resultado ainda é nebuloso, segundo Lipow.
Mas os investidores especulam cada vez mais sobre uma nova redução das cotas do cartel, ainda que as intenções de seus 12 membros continuem divergindo, como reconheceu na quarta-feira Chekib Khelil, ministro da Energia argelino, em entrevista à AFP.
"O mercado busca sempre um equilíbrio entre as diferentes realidades a curto prazo: o estado lamentável da demanda contra o momento em que a demanda se recupera", explicou Phil Flynn, da Alaron Trading.
O consumo mundial de cru registrou em 2008 sua primeira queda em 25 anos, e a tendência é que o quadro piore em 2009, segundo os principais observadores do mercado.
Nesta quinta-feira, porém, uma queda menor que o esperado das vendas no varejo nos Estados Unidos, maior consumidor mundial de petróleo, permitiu que o barril se recuperasse.
Alguns investidores "esperam que as reduções da Opep, refinarias que trabalham com metade da capacidade e investidores em baixa, contribuirão para uma súbita recuperação da economia", estimou Flynn.

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