De carona em dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e dos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) superou o mau humor do início do dia e fechou em forte alta nesta quinta-feira (25), voltando a superar o patamar dos 50 mil pontos, que havia perdido no início desta semana.
No fim do pregão, o índice Ibovespa, referência para o mercado nacional, teve alta de 3,71%, aos 51.514 pontos. O volume de dinheiro negociado no dia foi de R$ 4,7 bilhões. Entre as maiores altas figuraram ações como Light, Gol, BM&F Bovespa e JBS, todas com ganhos superiores a 6% nesta quinta.
O resultado foi puxado pelas "blue chips" Petrobras e Vale, cujas ações subiram mais de 3% depois que ambas anunciaram pela manhã uma parceria para exploração de petróleo e gás em áreas da estatal no Espírito Santo. A Vale afirmou ter interesse em ajudar na exploração do pré-sal, assim que o marco regulatório para a área for divulgado.
Economia dos EUA
Os Estados Unidos informaram nesta quinta que a retração da economia no primeiro trimestre foi um pouco menor do que havia sido estimado anteriormente. O PIB teve contração de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se da terceira revisão do número: antes, a retração projetada havia ficado em 5,7%.
O número de norte-americanos que recebem auxílio-desemprego subiu em 29 mil, para 6,738 milhões, na semana terminada no dia 20 de junho, segundo dados do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. Na semana passada, esse número havia caído em 148 mil, o maior declínio desde 2001.
Brasil e América Latina
A agência de risco de crédito Moody's divulgou nesta quinta-feira suas expectativas para a economia da América Latina, prevendo que o Brasil, a maior economia da região, terá expansão de seu Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, saindo da recessão. O país deve crescer, segundo as expectativas, 0,9% em 2009 e 4,2% em 2010.
O documento afirma que, embora a região tenha sucumbido à recessão no primeiro trimestre, por conta dos problemas nos EUA e na Europa, a recuperação será rápida, começando antes do fim deste ano. "A recuperação será sustentada principalmente pela demanda doméstica, basicamente consumo e investimento, por conta da demanda externa ainda fraca", ressalta o comunicado.
A economia latino-americana teve baixa de 3% entre janeiro e março, puxada pelo mau desempenho do México, que registrou retração de 8,2% no período. Para o fechamento do ano, a expectativa da agência é que a América Latina tenha contração de 1,8%. Mais uma vez, o México terá o pior resultado, com queda de 5,8% prevista para o PIB.
(Com informações do Valor OnLine e da Reuters)
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