A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de instabilidade nesta segunda-feira (9), com os investidores mostrando cautela sobre os planos econômicos do governo dos EUA, que devem ser anunciados ao longo dos próximos dias.
Ao final das negociações, o índice Ibovespa - principal referência do mercado nacional - teve queda de 1,53%, aos 42.100 pontos. O giro financeiro da sessão ficou na casa de R$ 4.2 bilhões.
Ao longo dos negócios, o índice chegou a subir 1,6%, mas não resistiu à volatilidade também registrada em Nov York e passou para o vermelho. Por volta das 18h de Brasília, os índices registravam perdas em Wall Street: o indicador Dow Jones recuava 0,56%, enquanto o S&P 500 caía 0,37% e o Nasquad tinha queda de 0,53%.
Entre as fontes de pressão negativa sobre os mercados esteve o setor bancário, que recuou com o pessimismo sobre o segmento financeiro ao adiamento do anúncio de um pacote para ajuda a grandes bancos atingidos pela crise nos Estados Unidos. Agora, espera-se que o governo americano anuncie o novo plano amanhã.
Além disso, prosseguem as incertezas sobre o plano de estímulo que aguarda votação no Senado, após ser aprovado pela Câmara. Após um acordo na sexta-feira, que delimitou o valor do plano em US$ 780 bilhões, aguardava-se uma definição durante o final de semana. No entanto, as conversas não tiveram prosseguimento e a nova data sugerida para a votação é na terça-feira.
Finalmente, no cenário interno, o emprego na indústria nacional registrou queda de 1,8% em dezembro frente ao mês anterior, a maior desde o início da série, em 2001, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o terceiro recuo mensal consecutivo do indicador.
Panorama externo
Na Europa, o principal índice de ações teve elevação, a quarta alta em uma série de cinco pregões, com destaque para os papéis do banco Barclays e para o setor de energia.
O índice FTSEurofirst 300, principal referência dos mercados acionários europeus, subiu 0,6%, para 831 pontos, maior patamar de fechamento desde 13 de janeiro.
Já na Ásia fecharam, as bolsas fecharam sem tendência comum, esperando uma definição sobre os detalhes do plano de resgate do governo norte-americano. O índice Nikkei 225, do Japão, fechou em baixa de 1,33% aos 7.969,03 pontos. O Kospi, da Coréia do Sul, também ficou no campo negativo, com queda de 0,63%, aos 1.202,69 pontos.
Por sua vez, o Hang Seng de Hong Kong encerrou as operações em alta de 0,84%, aos 13.769,06 pontos, enquanto o Shanghai Composite, de Xangai, avançou 1,99%, aos 2.224,71 pontos.
(Com informações de Reuters e Valor Online)
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