Participação de estrangeiros na Bovespa cresce em abril

Volume financeiro subiu 9,2% no mês, atingindo R$ 97,19 bilhões.
Ações mais procuradas foram a Petrobras PN e a Vale PNA.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que registrou valorização de 15,5% no mês passado, viu a participação de estrangeiros em suas negociações aumentar em abril. A fatia dos investidores externos ficou em 36,23%, contra 34% de março. Já o percentual de pessoas físicas caiu, de 33,82% para 30,85%, entre março e abril.
Em abril de 2009, o volume financeiro negociado atingiu R$ 97,19 bilhões, com atlta de 9,2% sobre o resultado de março. O fluxo de recursos de investidores estrangeiros para o mercado de ações brasileiro, entre 1º de janeiro e 30 de abril, está positivo em R$ 7,074 bilhões, de acordo com a bolsa brasileira.

Ações
De acordo com dados oficiais, os papéis que tiveram maior giro financeiro no mês de abril foram: Petrobras PN (R$ 13,02 bilhões), Vale PNA (R$ 10,53 bilhões), Itaú Unibanco PN (R$ 4,06 bilhões), Petrobras ON (R$ 3,64 bilhões) e BMFBovespa ON (R$ 3,3 bilhões).
Abril marcou o terceiro mês consecutivo de entrada de recursos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O saldo de negociação direta dos não residentes fechou o período positivo em R$ 3,77 bilhões. Com isso, o saldo no acumulado de 2009 chega a R$ 5,11 bilhões.
O resultado mensal é o maior desde abril do ano passado, quando a expectativa com grau de investimento ajudou a atrair R$ 6 bilhões em dinheiro externo para as ações brasileiras.
Durante o mês passado, os não residentes efetuaram compras no valor de R$ 37,010 bilhões, o que equivale a 19,09% de todas as compras feitas no mês. Já as vendas totalizaram R$ 33,232 bilhões, ou 17,14% do total.
Enquanto os estrangeiros compravam, os locais vendiam. O saldo das pessoas físicas fechou abril negativo em R$ 2,04 bilhões e as vendas do investidor institucional superaram as compras em R$ 1,72 bilhão.

Influências
A presença do estrangeiro pode ser diretamente relacionada à forte valorização do Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, que subiu 15,55% durante o mês passado, na maior valorização mensal desde fevereiro de 2005.
A queda na aversão ao risco e cada vez mais agentes comprando a ideia de que o pior da crise teria ficado para trás levaram os gestores de fundos e outros investidores a colocar o dinheiro que estava parado em títulos de renda fixa e outros investimentos mais conservadores para trabalhar. Outro ponto que favorece o mercado brasileiro nesse momento é sua relação com a China, que dá mostras de recuperação.
O ímpeto comprador do investidor estrangeiro segue forte na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No acumulado do mês até o dia 24, o saldo de negociação direta dos não residentes somava R$ 3,75 bilhões. Com isso, o saldo acumulado no ano bate os R$ 5,08 bilhões.
As compras acontecem desde meados de março, quando começou a ganhar corpo a ideia de que o pior da crise já teria ficado para trás. Soma-se a isso, preços atrativos e uma série de relatórios externos evidenciando os pontos positivos do Brasil, como força do mercado interno e uma economia relativamente fechada. Merece ser destacado também o baixo retorno oferecido pela renda fixa no mundo todo, o que naturalmente leva os agentes a buscar melhores rendimentos.
Do dia 1º ao 24 de abril, os estrangeiros efetuaram compras de R$ 30,125 bilhões, enquanto as vendas somaram 26,370 bilhões. Essa classe de investidor responde por mais de um terço de todos os negócios efetuados ao logo do mês.
As compras dos não residentes também ajudam a explicar a valorização de 14,28% que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acumulava no mês até a sexta-feira.