Depois de mostrar valorização durante boa parte do dia, chegando a operar no maior patamar desde setembro do ano passado, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu o mercado norte-americano e fechou em leve queda pelo segundo pregão consecutivo nesta quarta-feira (20).
Com o movimento nos EUA, alavancado pela previsão de que a economia do país poderá ter retração de até 2% neste ano, o índice Ibovespa perdeu o patamar dos 52 mil pontos perto do fim do pregão e fechou em baixa de 0,2%, aos 51.245 pontos. O volume financeiro, evidenciando o retorno dos estrangeiros ao mercado nacional, ficou em R$ 6,39 bilhões.
Entre as ações negociadas na Bovespa, as que puxavam o resultado desta quarta eram justamente as que mais caíram na véspera: Sadia e Perdigão. Entre as maiores baixas figuraram companhias como a petroquímica Braskem, a construtora Gafisa e a própria BM&F Bovespa.
As empresas alimentícias, que anunciaram na terça-feira (19) a criação da Brasil Foods, descrita pelas partes como uma "grande multinacional brasileira da área de alimentos", tiveram alta de mais de 8% em suas ações no pregão de hoje. Outro destaque de alta eram os papéis do Itaú-Unibanco, que ganharam cerca de 2%.
Outros pregões
Nos Estados Unidos, as bolsas abriram em alta, depois de terem fechado sem direção única na véspera. Entretanto, após a ata do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), Wall Street também mudou de direção. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,62%, enquanto o Nasdaq teve recuo de 0,39%.
Na Europa, o índice FTSEurofirst 300, referência das principais praças da região, subiu 0,3%, para 874 pontos. Entre os principais mercados, houve queda em Londres, mas ganhos em Paris e Frankfurt.
Na Ásia, o dia foi de altas. As atenções ficaram voltadas para a economia do Japão, que anunciou uma contração de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre contra o trimestre anterior. Sobre igual período de 2008, a queda foi de impressionantes 15,2%, pior resultado desde 1955. Ainda assim, o resultado ficou acima da queda de 16% estimada por analistas.
(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da AFP)
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